Guia prático contra o arrependimento

O dia a dia anda cheio de regras: estude em uma boa instituição, arranje emprego respeitável, atenda às expectativas do seu chefe, dos seus pais, amigos, do seu parceiro. Mas, no final da vida, tudo isso não vai servir para nada – palavra de quem chegou lá.

Por Karin Hueck

Guia prático contra o arrependimento

Bronnie Ware era uma australiana com uma bem-sucedida carreira no mundo financeiro, quando se enfezou da vida. Depois de dez anos trabalhando em bancos, juntou coragem para  pedir demissão e viajar o mundo. Foi lavadora de pratos num resort numa ilha paradisíaca, depois garçonete num pub inglês –  e terminou acompanhante de uma octagenária no interior da Inglaterra. Daí para ivrar enfermeira foi um passo natural, e Bronnie começou a cuidar de doentes em estado terminal, aqueles sem chance de cura. Como o trabalho era emocionalmente pesado, a australiana começou a se envolver com os pacientes e a observar um padrão. Todos os doentes reagiam de formas muito parecidas com a proximidade da morte: medo, raiva, tristeza- e sempre os mesmos arrependimentos em relação à própria vida. Bronnie começou a anotá-los. Eram eles: 1) Eu gostaria de ter trabalhado menos. 2) Eu queria ter tido a coragem de viver a vida que eu desejava, e não a que os outros esperavam de mim. 3) Eu queria ter expressado meus sentimentos. 4) Eu queria ter mantido contato com meus amigos. 5) Eu queria ter sido mais feliz. Pode ser que você não queira pensar nisso ainda ou que você já esteja lá. Mas a verdade é que você vai envelhecer (lembrando sempre que a única alternativa possível, morrer é bem pior). Melhor então não se arrepender no final.

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1. EU GOSTARIA DE TER TRABALHADO MENOS.

Essa é universal. Em um  mundo no qual um emprego ocupa 40 horas semanais (se você tiver sorte) e tem um significado social mais importante do que os valores morais de uma pessoa (afinal, a primeira pergunta feita quando se conhece alguém costuma ser “o que você faz?”e não “você dá esmola?”), o trabalho anda com um peso desproporcional em relação às outras questões da vida. Nunca se trabalhou tanto – o que indica que esse arrependimento é o do tempo perdido. Antropólogos estimas que nossos antepassados caçadores-coletores não trabalhavam mais do que quatro a cinco horas por dia, sempre procurando ou preparando alimentos. Na Grécia Antiga, um emprego era uma sina terrível: Homero, o autor da Odisseia, escreveu que os deuses odiavam tanto os humanos que os condenaram a trabalhar arduamente como castigo. E a condenação seguiu por milênios. A nossa relação com o trabalho só mudou no século 16, com a ética protestante, aquela que mede o destino das almas depois da morte com base no sucesso profissional durante a vida. Ela foi culpada por colocar o trabalho no centro da vida das pessoas, onde permaneceu até hoje. Mas há uma crise na nossa relação com o trabalho. De acordo com uma pesquisa da consultoria americana Mercer, feita com mais de 1.200 empregados, 56% dos brasileiros consideram seriamente pedir demissão. Para os trabalhadores do Brasil, o principal fator motivacional é o tipo de emprego que ele faz. E é ele que está em conflito. Segundo o filósofo-pop francês Alain de Botton, a crise com o emprego que estamos vivendo é a da falta de sentido. Antigamente, pessoas faziam ou realizavam algo com o seu trabalho: eram padeiros, costureiros, vendedores. esse tipo de ocupação, que tem uma relação direta com o produto final, quase desapareceu: foi substituído por trabalhos mais segmentados e burocráticos dentro de grandes empresas. é só procurar exemplos n lista de cargos da empresa onde trabalho – o que faz um “gerente de operações pleno” ou um “analista de infraestrutura júnior?” Certamente algo menos palpável que um pão ou roupa. “Procuramos um significado no nosso trabalho, uma sensação de que deixamos alguém melhor com o que fazemos. Ele deveria ser uma chance de criarmos algo que é mais sólido do que o resto das nossas vidas”, diz de Botton. Deveria, mas, na maior parte dos casos, não é. Ainda assim, poucas são as pessoas que resolvem dedicar menos tempo e energia a seus empregos. A própria Bronnie sentiu isso na pele. “É mais difícil largar a rotina do trabalho do que o trabalho em si. O emprego vira uma grande parte da identidade das pessoas, ao ponto de que não sabem mais quem são longe dele”, diz. Essa crise de identidade nos leva ao arrependimento número 2.

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2. EU QUERIA TER TIDO A CORAGEM DE VIVER A VIDA QUE EU DESEJAVA, E NÃO A QUE OS OUTROS ESPERAVAM DE MIM.

O ser humanos é um animal social. E só chegamos aqui após milênios de evolução, porque aprendemos a criar e manter alianças – seja para caçar comida nos tempos da caverna, seja para fundar impérios ao longo da História, seja para arranjar trabalho e ter com quem conversar no Facebook hoje em dia. Isso quer dizer que buscamos manter e fortalecer relações sociais – e, para isso, queremos agradar e ser aceitos. Uma pesquisa da Universidade de Minnesota testou esse nosso comportamento. Primeiro, colocou voluntários para conversar com mulheres que eles não podiam ver. Depois, disse a metade deles que iriam bater papo com moças muito bonitas e, para a outra metade, que seriam mulheres, digamos, menos estonteantes. Imediatamente, os homens que julgavam falar com beldades começaram a ser gentis e engraçados – queriam agradar as moças. Mas o que surpreendeu é que as mulheres do outro lado da linha começaram a entrar no jogo: conversavam como se fossem realmente mais bonitas do que as outras, sem nem saber que haviam sido classificadas assim. Ou seja, atendiam às expectativas dos voluntários.

Agimos assim o tempo todo, das coisas banais do dia a dia, como rir da piada sem graça de um amigo, às grandes escolhas de vida, como grandes escolhas como que carreira seguir. “As pessoas não tomam decisões por si, tomam pelos outros, porque querem ser queridas. Assim, a felicidade acaba na mão de terceiros”, diz Ana Claudia Arantes, geriatra especializada em cuidados paliativos, do hospital Albert Einstein, em São Paulo. O problema é que fazer o que os outros esperam de você tem um lado pernicioso na verdade, não deixa ninguém feliz. Um estudo da universidade Estadual da Flórida que analisou seis pesquisas diferentes sobre o assunto, concluiu que  quem busca o tempo todo a aprovação dos outros, tem mais chances de desenvolver depressão. Esforçam-se tanto para agradar que se perdem no meio do processo. e, claro, não conseguem fazer o que realmente têm vontade: trabalhar menos, por exemplo, dizer “não” ou…

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3 e 4. EU QUERIA TER EXPRESSADO MAIS MEUS  SENTIMENTOS E QUERIA TER MANTIDO CONTATO COM MEUS AMIGOS

Não ter dito “eu te amo” e ter passado pouco tempo com as pessoas queridas são dois arrependimentos que conversam entre si. – e são dois dos mais importantes também. E quem diz é o maior estudo de psicologia já feito. O Grant Study (“Grande Estudo”, em português) é uma pesquisa que acompanha a vida de 268 ex-alunos de Harvard desde 1937 até os dias de hoje, e que mede todos os fatores de suas biografias para recolher dados sobre saúde, bem-estar e escolhas de vida. E chegou a uma conclusão impressionante: aos 47 anos, o fator que mais previa a saúde e a felicidade de uma pessoa na velhice eram as relações sociais que mantinha. Era, claro, o fato de ter um marido ou uma esposa, mas era principalmente a quantidade de amigos que eles cultivaram ao longo dos anos. O estudo concluiu que idosos de 70 anos com amigos tinham 22% a mais de chance de  chegar à oitava década. E mais: outro estudo mostrou que quem tem o hábito de dizer a pessoas próximas como elas são importantes se sente 48% mais satisfeito com as relações quem mantém. “Os amigos nos dão um senso de identidade – ajudam a nos tornar algo maior do que nós mesmos e a definir quem somos. Não precisamos somente de relações humanas. Precisamos de amigos muito próximos”, diz Ed Diener, professor de psicologia da universidade de Illinois, especialista em felicidade. O que nos leva a…

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5. EU QUERIA TER SIDO MAIS FELIZ

Essa é de partir o coração. Chegar ao final da vida com esse remorso é mais comum do que parece. Para Diener, que estuda a felicidade há três décadas, ser feliz depende em grande parte das escolhas que fazemos – e não só de alguns poucos eventos de sorte esporádicos. Ou seja, seria bom parar de levar a vida no automático e exercer a felicidade. Pare de confirmar presença no aniversário do amigo no  Facebook – e vá de fato. Junte coragem de dizer ao seu parceiro que você odeia filmes europeus e prefere ver a sequência do último Homem de Ferro. E ninguém vai morrer se você deixar seu trabalho um pouco de lado de vez em quando. Para Bronnie, as reações de seus pacientes valem ouro: são um guia prático contra arrependimentos. “como os conselhos vêem de pessoas que estão se preparando para morrer, servem como autorização para você mudar a sua vida também.” Está esperando o quê?

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Fonte: Revista Superinteressante – Ed. 318, Maio de 2013.

The Working Life: The Promisse and Betrayal of Modern Work (Joanne Ciulla, Crown Business, 2001)
Happiness: Unlocking the Mysteries of Psycologicval Wealth (Ed Diener e Robert Biswas_Diener, Wiley-Blackwell, 2008)

Quem tem consciência ambiental?

Na fila do supermercado, o caixa diz uma senhora idosa:

– A senhora deveria trazer suas próprias sacolas para as compras, uma vez que sacos de plástico não são amigáveis com o ambiente.
A senhora pediu desculpas e disse:
– Não havia essa onda verde no meu tempo.
O empregado respondeu:
– Esse é exatamente o nosso problema hoje, minha senhora. Sua geração não se preocupou o suficiente com o nosso ambiente.
– Você está certo – responde a velha senhora – nossa geração não se preocupou adequadamente com o ambiente. Naquela época, as garrafas de leite, garrafas de refrigerante e cerveja eram devolvidos à loja. A loja mandava de volta para a fábrica, onde eram lavadas e esterilizadas antes de cada reuso, e eles, os fabricantes de bebidas, usavam as garrafas, umas tantas outras vezes.
Realmente não nos preocupamos com o ambiente no nosso tempo. Subíamos as escadas, porque não havia escadas rolantes nas lojas e nos escritórios. Caminhávamos até o comércio, ao invés de usar o nosso carro de 300 cavalos de potência a cada vez que precisamos ir a dois quarteirões.

Mas você está certo. Nós não nos preocupávamos com o ambiente. Até então, as fraldas de bebês eram lavadas, porque não havia fraldas descartáveis. Roupas secas: a secagem era feita por nós mesmos, não nestas máquinas bamboleantes de 220 volts. A energia solar e eólica é que realmente secavam nossas roupas. Os meninos pequenos usavam as roupas que tinham sido de seus irmãos mais velhos, e não roupas sempre novas.

Mas é verdade: não havia preocupação com o ambiente, naqueles dias. Naquela época só tínhamos somente uma TV ou rádio em casa, e não uma TV em cada quarto. E a TV tinha uma tela do tamanho de um lenço, não um telão do tamanho de um estádio; que depois será descartado como?
Na cozinha, tínhamos que bater tudo com as mãos porque não havia máquinas elétricas, que fazem tudo por nós. Quando embalávamos algo um pouco frágil para o correio, usamos jornal amassado para protegê-lo, não plastico bolha ou pellets de plástico que duram cinco séculos para começar a degradar. Naqueles tempos não se usava um motor a gasolina apenas para cortar a grama, era utilizado um cortador de grama que exigia músculos. O exercício era extraordinário, e não precisava ir a uma academia e usar esteiras que também funcionam a eletricidade.
Mas você tem razão: não havia naquela época preocupação com o ambiente. Bebíamos diretamente da fonte, quando estávamos com sede, em vez de usar copos plásticos e garrafas pet que agora lotam os oceanos. Canetas: recarregávamos com tinta umas tantas vezes ao invés de comprar uma outra. Abandonamos as navalhas, ao invés de jogar fora todos os aparelhos ‘descartáveis’ e poluentes só porque a lâmina ficou sem corte.
Na verdade, tivemos uma onda verde naquela época. Naqueles dias, as pessoas tomavam o bonde ou ônibus e os meninos iam em suas bicicletas ou a pé para a escola, ao invés de usar a mãe como um serviço de táxi 24 horas. Tínhamos só  uma tomada em cada quarto, e não um quadro de tomadas em cada parede para alimentar uma dúzia de aparelhos. E nós não precisávamos de um GPS para receber sinais de satélites a milhas de distância no espaço, só para encontrar a pizzaria mais próxima.
Então, não é risível que a atual geração fale tanto em “meio ambiente”, mas não quer abrir mão de nada e não pensa em viver um pouco como na minha época?

Um trânsito melhor sem placas, sinais, faixas ou regras

Localizada há cerca de 400 km de Berlim, ao noroeste da Alemanha, a pequena cidade de Bohmte inova na organização do trânsito. Desde 2007, a cidade, de 13,6 mil habitantes, aboliu os sinais de trânsito, placas de sinalização, as leis de trânsito e até as rodovias. Apesar de pequena, em Bohmte transitam, em média, 12 mil veículos/dia. Isso porque a cidade está próxima a uma rodovia de grande circulação do interior da Alemanha.

Para organizar a movimentação, o governo local apostou na conscientização da população e já obteve resultados. Durante um ano, foram investidos 2,100 milhões de euros nas modificações.

Calçadas e pistas foram substituídas por paralelepípedos. A distinção entre pistas, ciclovias e calçadas passou a ser feita apenas pelas cores. O resultado é que em apenas um ano o número de acidentes envolvendo danos pessoais foi reduzido de 30 para zero.

A ação é inspirada no projeto Espaço Compartilhado, da União Européia, que também foi adotado por outras sete cidades na Holanda, Bélgica, Dinamarca e Inglaterra. O conceito foi desenvolvido pelo especialista em tráfego Hans Monderman e, em linhas gerais, sugere que todos os usuários negociem seu comportamento uns com os outros, ao invés de seguirem regras pré-determinadas. A aposta do projeto é que as pessoas prestam mais atenção no que os outros usuários estão fazendo e, como consequência, geram menos acidentes.

Como Putin destruiu o homem mais rico da Rússia

O totalitarismo soviético deu lugar a um regime autoritário comandado por Vladimir Putin, legitimado pela frágil democracia russa. Putin é acusado de perseguir os críticos e os desafetos e de beneficiar os camaradas com privilégios ilimitados e negócios poupudos, muitas vezes ilegais. A célebre frase do escritor Geroge Orwell em seu livro A revolução dos bichos – “todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais que os outros” – ganhou um novo significado na Rússia pós-comunista. “A lei neste país é a seguinte: se você é amigo do Putin, pode fazer o que quiser”, diz Boris Nemtsov, ex-vice-primeiro-ministro  da Rússia na gestão Ieltsin e um dos principais líderes da oposição. “Se você é inimigo, vai para a cadeia”

O governo cultiva uma relação promiscua com a oligarquia¹ que se formou no país a partir das privatizações, em meados dos anos 1990. Em troca de negócios bilionários, consegue manter os oligarcas do seu lado. Quem ousa seguir um caminho independente se dá mal. Foi o que aconteceu com  Mikhail Khodorkovsky, que era o homem mais rico da Rússia e o 16º do mundo. Ex-vice-ministro da Minas e Energia, ele controlava a Iukos, uma das maiores empresas de  petróleo do país, privatizada em 1996. No início dos anos 2000, no primeiro mandato de Putin, Khodorkovsky vinha aumentando o tom de suas críticas ao governo. Em 2003, durante um encontro com Putin transmitido pela TV, discutiu com o presidente, questionando-o sobre a interferência do Estado nos negócios privados e a corrupção no governo.

Em seguida, Putin determinou uma reavaliação da situação fiscal da  Iukos, acusada de ter uma pendência de US$ 27 bilhões com o Fisco russo. Ao mesmo tempo, os ativos da empresa foram congelados pelo governo, e ela ficou sem recursos para saldar a divida. Em 2006, a Justiça decretou sua falência. A maior parte dos ativos foi comprada a preços reduzidos por estatais do petróleo. Khodorkovsky foi preso em 2003, acusado de fraude e evasão fiscal, e condenado em 2005 a oito anos de prisão. Em fevereiro de 2007, quando ganharia o direito de obter liberdade condicional, ele sofreu noas acusações de fraude e lavagem de dinheiro. Em 27 de dezembro de 2010, depois de diversas violações processuais questionada por seus advogados, Khodorkovsky foi condenado a um total de 14 anos, esticando sua libertação de 2011 para 2017. Hoje, aos 48, ele cumpre sua pena na Colônia Corretiva Nº 7, na pequena cidade de Segeja, no noroeste da Rússia. Sua correspondência e suas visitas são limitadíssimas.

” A Rússia é um típico país autoritário. Não há eleições transparentes, competição política, um Parlamento de verdade, independência  da justiça. O que temos é uma imitação barata de democracia…”, diz Nemtsov.

Hells Angels

A história dos primórdios do Hells Angels  não é clara. Segundo Ralph Sonny Barger, fundador da facção Oakland, facções do clube foram fundadas em São Francisco, Gardena, Fontana, e outros lugares independentemente uns dos outros, e sem saberem da existência umas das outras . Mas outra versão da história diz os Hells Angels de São Francisco foi originalmente organizado por Rocky Grave, um membro dos Hells Angels de São Bernardino (“Berdoo”). Isto prova que os Hells Angels “Frisco” estavam muito cientes de seus representantes. De acordo com outra fonte, o clube Hells Angels foi um sucessor do “P.O.B.O.B.” Motorcycle Club. O Hells Angels “Frisco” foi reorganizado em 1955 com treze membros; Franco Sadliek, que concebeu o logotipo original do cranio da morte, nomeado como presidente. A facção Oakland, nessa altura era chefiada por Barger, usando uma versão maior de seu apelido “Barger Maior” qual foi primeiramente usado em 1959 e mais tarde tornou-se o clube central.

Os Hells Angels são às vezes representados como uma lenda dos dias modernos, ou como o espírito livre e se transformaram em ícone de um era de camaradagem e lealdade. Outros os descrevem como um bando criminoso, violento e um estorvo na sociedade.

O nome Hells Angels tem origem militar quando tanto na Primeira quanto na Segunda Guerra Mundial, foi usado para nomear esquadras ou outros grupos de guerra por ser um nome desafiador, feroz e mortal. Os Tigres Voadores baseados na China foi dividido em três esquadrilhas de avião, e uma esquadrilha foi nomeada “Hell’s Angels”. Várias unidades usaram o nome Hell’s Angels antes do fundador do clube de motocicletas usá-lo, inculsive o 303º Grupo H de Bombardeiros Pesados da Força Aérea Americana, uma unidade militar formada nos primeiros anos da Segunda Guerra Mundial, e a 11ª Divisão Aérea. Alguns Hells Angels tentam acabar com a crença de qualquer conexão, exceto o nome, entre o HAMC e o histograma militar Hell’s Angels. O website oficial do grupo esclarece que o nome foi sugerido aos fundadores do clube por um amigo, Arvid “Oley” Olsen, que foi um membro dos Tigres Voadores. Nenhum membro daquela esquadrilha tornou-se membro da HAMC.

Símbolos e rituais

A página oficial dos Hells Angels na internet atribui o design da insignia oficial “cabeça da morte” a Frank Sadilek, antigo presidente da facção São Francisco . As cores e forma de estilo do emblema das jaquetas (antes de 1953) foram copiadas das insígnias da 85ª Esquadrilha de Combate e da 552ª Esquadrilha de Aviões Bombardeiros Médios.

Os Hells Angels utilizam um sistema de emblemas, similar às insignias militares. Embora o significado específico de qualquer emblema não seja de conhecimento público, os emblemas identificam atividades especificas ou crenças de cada motociclista. As cores oficiais dos Hells Angels são letras vermelhas visualizadas em fundo branco. Estes emblemas são aplicados em jaquetas e roupas de couro ou jeans.

Vermelho e branco são também utilizados para exibir o número 81 em muitos emblemas, como em “Suporte 81, Rota 81”. O 8 e 1 apontam as respectivas posições na alfabeto das letras H e A (iniciais de Hells Angels). São usados por amigos e apoiadores do clube, mas somente membros oficiais podem vestir qualquer logomarca dos Hells Angels.

O diamante formando o emblema um porcento também é utilizado, e escrito como “1%”, em vermelho no fundo branco com borda castanha. O termo “um porcento” é uma resposta ao Incidente Hollister quando a Associação Americana de Motociclistas (AMA) teria dito que 99% dos motociclistas eram formados por bons cidadãos e 1% por bandidos. A AMA alega não se recordar de ter dado tal declaração à imprensa, e chamada esse relato apocrifo.

Muitos membros vestem um emblema retangular (novamente, fundo branco com letras vermelhas e bordas castanhas) identificando sua respectiva facção local. Quando aceitos, novos membros do clube vestem um emblema denotando sua posição ou hierarquia dentro da organização. O emblema é retangular, e da mesma forma que os emblemas descritos acima, são desenhados em fundo branco com letras vermelhas e bordas castanhas. Alguns exemplos de cargos usados são Presidente, Vice-Presidente, Secretário, Tesoureiro, e Sargento de Armas. Esse emblema é habitualmente colocado acima do emblema de localização do clube.

Alguns membros também vestem um emblema com a rubrica ‘AFFA’, que significa “Angels Forever, Forever Angels” (Angels para sempre; para sempre Angels), referente a seu vinculo vitalício no clube de motocicletas (isto é, ‘uma vez membro, sempre um membro’).

O livro Gangs, escrita por Tony Thompson (um correspondente criminal do jornal The Observer), depõe que Stephen Cunningham , um membro dos Angels, ganhou um novo emblema após ele ter sido resgatado depois de uma tentativa de armar um atentado a bomba: dois SS em formato de relampagos em estilo nazista e abaixo as palavras ‘Filthy Few’. Algumas declarações de oficiais da justiça alegam que o emblema é um prêmio apenas para aqueles que tem cometido, ou são preparados para cometer, homicídios em favor do clube. Conforme um relatório do caso R. V. Bonner e Lindsay em 2005 ( segue relacionado seção abaixo ), outro emblema, similar ao emblema ‘Filthy Few’, é o emblema ‘Dequiallo’. Esse emblemo significa que o usuário possui passagem pela policia”. Não há convenção comum quanto ao local onde os emblemas são localizados nas jaquetas e roupas dos membros.

Em março de 2007 os Hells Anjos moveram ação judicial contra os Estúdios Walt Disney alegando que o filme intitulado Porcos Selvagens (Wild Hogs) usou o nome e o logotipo da Hells Angels Motorcycle Corporation sem permissão.

As exigências para tornar-se um membro do Hells Angels são as seguintes: os candidatos devem ser homens, brancos, ter uma habilitação de motociclista, trabalhar com motocicletas e não pode ser um molestador de crianças ou ter sido um oficial da polícia ou guarda de prisão. Após um longo processo, um candidato a membro é primeiramente admitido como um ‘Candidato’, indicando que o indivíduo é convidado a alguns eventos do clube ou a encontrar outros membros do clube em encontros de motociclistas.

Se o Candidato estiver interessado, ele pode ser convidado a se tornar um ‘Associado’, uma situação que acontece habitualmente após um ano ou dois. No fim deste estágio, ele será reclassificado como ‘Prospecto’, convidado a paricipar em algumas atividades do clube, mas não para ter privilégios, enquanto ele será avaliado como um possível membro oficial. A última fase, e o mais alto grau de status, é ‘Associação Plena’ ou ‘Emblema Pleno’. O termo Emblema Pleno refere-se ao conjunto dos quatro emblemas, incluindo o logotipo ‘Cabeça da Morte’, dois apliques (aplique superior: ‘Hells Angels; aplique inferior: Estado ou Território) e o emblema retangular ‘MC’ abaixo da asa da Cabeça da Morte. Candidatos potenciais são autorizados a vestir somente um aplique inferior com o nome do Estado ou Território com o emblema retangular ‘MC’.

Para tornar-se um membro de pleno direito, o Prospecto deve ser votado em pelos membros oficiais do clube. Antes da votação, um Prospecto habitualmente viaja por cada facção da jurisdição ( estado / província / território ) e introduz ele mesmo a cada Emblema Pleno. Esse processo permite que qualquer membro votante torne-se familiarizado com o sujeito e a fazer qualquer questionamento antes do voto. Após a admissão habitualmente requer uma maioria unânime nas votações, e algum clube poderá rejeitar um Prospecto por um simples voto discordante. Algumas formalidades a serem acatadas seguem, dentro das quais o Prospecto afirma sua lealdade ao clube e a seus membros. O emblema final (aplique superior Hells Angels) é então concedido numa cerimônia de iniciação. Ao sair dos Hells Angels, ou ser rejeitado, pode-se voltar ao clube.

Humano a venda

Lembra dos tempos da escravidão? Em que as potências europeias escravizavam africanos para trabalharem em suas colonias? Cada homem e mulher tinham seu preço. Mas hoje em dia, seria possível calcular o valor financeiro de um ser humano? Para o site Human For Sale sim! A pessoa preenche um formulário com seus dados físicos e sociais e lá está seu valor em dólares! Segundo o site, uma pessoa jovem vale em média 2.5 milhões de dólares.

 

Falta de assunto na TV

Faz tempo que estou pra escrever este artigo, mas como acho que TV costuma ser uma perda de tempo, fui pra lá. Mas hoje quando passei em frente a uma loja de eletrodomésticos, uma das TVs estava exibindo aquele programa “Hoje em Dia” da Record com a chamada: “Vaidade: galinha pinta as unhas!” Definitivamente a TV brasileira está falida, numa completa falta de assunto. Tão difícil quanto encontrar um bom conteúdo na programação, é saber qual o programa mais bizarro e inútil. Nos fins de semana são aqueles programas de auditório que não sabem o que inventar, durante a semana são estes programas voltados às donas-de-casa que hora mostram um bando de gente humilde e mal educada discutindo a intimidade familiar no programa da Cristina Rocha (SBT), ou é a Sonia Abrão que fica a tarde inteira debatendo sobre algum crime polêmico com especialistas de segurança (porque na época do Big Brother, ela fica comentando sobre o reality show global com outros desocupados). Outra dezena de canais são ocupados por pastores pilantras querendo angariar fundos para seu reino de glória particular. E sem contar com este programa de variedades que citei acima, o “Hoje em Dia” que chegou ao cumulo de exibir a tal reportagem sobre uma senhora que pinta as unhas de sua galinha de estimação. Espaço na televisão nunca foi barato, e gastar tanto dinheiro para exibir este lixo televisivo é no mínimo falta de assunto ou as redes televisivas subestimando a população.

Num país com tanta carência de ensino, acho que a TV aberta poderia fazer mais pelas pessoas em geral, do que exibir idiotices gratuitas. As emissoras brasileiras poderiam investir muito mais em documentários de todos os tipos para trazer informação, cultura e aprendizado a quem precisa. Canais internacionais como History Channel, Discovery, BBS, National Geografic etre outros, são exemplos que poderiam ser seguidos aqui no Brasil. Um bom ponto de partida é a TV Escola (UHF parabólica) voltada para o aprendizado popular e que exibe documentários internacionais sobre diversos assuntos. E não se trata de banir programas de entretenimento em prol de documentários científicos, mas extirpar apenas o dispensável e inútil. Tudo aquilo que não traga nada de positivo ou relevante à população deveria ser repensado.

Mas você pode questionar sobre a preferência da própria população por programas inúteis, afinal, se a emissora está exibindo programas com conteúdo de baixa qualidade, é porque tem audiência. E é lógico que as emissoras vão sempre atrás de audiência o que se traduz em lucros, mas onde fica a responsabilidade social das emissoras de TV? E será que a população assiste a estes programas acéfalos por costume e facilidade de compreensão? Não seria caso de começar a acostumar o povo a assistir programas mais enriquecedores? Talvez este não seja o interesse dos dirigentes deste país que não quer uma população consciente e contestadora. E acredito que a mudança deste país partirá não dos governantes, mas do próprio povo que deve receber sim mais educação, cultura, informação, etc. e a TV poderia ser um ótimo canal para isto. Mas enquanto esta iluminação não acontece, divirta-se assistindo algum cabeleireiro dando dicas sobre corte de cabelo ou desligue a TV e vá ler um livro.

Dinheiros do Brasil (1942 / 1967) – Parte 1

Com tanta inflação, o Brasil teve a oportunidade de ter várias moedas ao longo de sua história. Abaixo, estão as cédulas emitidas no ano de 1942 que iam de 1 cruzeiro a 10 mil cruzeiros. Vinte e cinco anos depois, em 1967, a inflação dos preços força o governo a lançar uma nova moeda, o Cruzeiro Novo (NCr$), que mantinha as mesmas cédulas de 1942, mas cortava três zeros de seu valor. As cédulas em sí, eram exatamente as mesmas,  mas recebiam um carimbo indicando o nome da nova moeda e seu valor atualizado. No layout propriamente dito, apenas a coloração de algumas notas mudaram.

Confira a série completa de Dinheiros do Brasil

Futebol & frustração

Marcelo Ferrelli/Gazeta Press

 

É fácil de acontecer: dois times rivais se enfrentam num jogo clássico ou decisivo…um deles (logicamente perde) e pronto! Os torcedores enfurecidos partem para a ignorânica: é briga generalizada, paulada, pancada, tiros, bombas de efeito moral e covardias de todos os tipos. O mais recente foi o caso do Corinthians que perdeu um jogo para um time sul-americano e foi eliminado da Libertadores (eu acho). Foi o suficiente para um bando de marmanjos desocupados e frustrados invadirem o C.T. do time e praticar vandalismo e ameaçarem alguns jogadores de morte.

Pessoas que de alguma forma são frustradas com suas vidas, acabam se agarrando a coisas que as façam se sentir “vitoriosas”. O cara não tem emprego, é semi-analfabeto, mal educado e incapaz de progredir na vida…então ele passa a “fazer parte” de um time de futebol (mesmo que seja como um simples torcedor) e a partir daí, todas as glórias e vitórias do time, passam a ser dele também. Esta passa a ser sua fonte de sucesso social. Mas quando o time perde, vem à tona sua frustração, não só com o futebol, mas com sua vida inteira. Por isso é fácil ver marmanjos chorando como mocinhas nos estádios, se degladiando como animais pela rua e tudo porque o XV de Itapopóca venceu o Burintia nas quartas de final. O futebol é um esporte, e como dizem por aí, esporte é saúde. Mas em todo caso, futebol as vezes é sinônimo de doença.

É incrível a comoção social que o futebol exerce sobre estes alienados, pois se a população reagisse violentamente contra as faucratuas do governo, assim como reagem quando o Burintia perde, nossos governantes nos respeitariam mais. Quando o Corinthians perdeu o tal jogo, alguns fanáticos-torcedores ameaçaram o Roberto Carlos de morte, mas quando os deputados federais aumentaram seus salários de R$ 12 mil para R$ 27 mil numa sessão secreta, ninguém os ameaçou ou foi lá protestar. Não estou dizendo que devemos sair por aí ameaçando e matando deputados, nem muito menos as pessoas devam deixar de assistir futebol, mas que seria melhor a população canalizar suas energias para o que realmente interessa (bem estar social) e buscar coisas que os tornacem vitoriosos de verdade e não apenas nos resultados de jogos de futebol.